26 de fevereiro de 2009

CARALHO!!!!!!!! Luiz Caldas agora é do metal!


"Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear. Quando passa na baixa do tubo, o negão começa a gritar: pega ela aí! Pra quê?" Você pode até não lembrar a resposta do verso da música "Fricote", mas é improvável que tenha esquecido a figura peculiar de seu intérprete, o baiano Luiz Caldas.

Auto-proclamado como "o pai do axé", o cantor e multiinstrumentista de 46 anos agora quer ser lembrado também por fazer rock, forró, frevo, música instrumental e música indígena, entre outros estilos que serão lançados, de uma só vez, em dez CDs de diferentes gêneros.
Longe dos seus tempos áureos nos anos 80, Luiz Caldas já não tem mais o cabelo comprido nem os pés descalços --adotou o All Star como seu calçado oficial. O visual novo é também o cartão de visita para uma fase tão eclética quanto ambiciosa. "No Carnaval de 2008 pensei em fazer algo diferente, mas não queria lançar disco duplo porque isso todo mundo faz. Até pensei em álbum triplo, mas [o ex-beatle] George Harrison também já lançou. Queria algo meu", conta o músico.

Um ano depois, o resultado chega em duas caixas, cada uma com cinco discos: um de rock, um de axé, um de forró, um de frevo, um de samba, um de violão clássico instrumental, um de música superpopular (o famoso "brega"), um indígena e dois de música popular brasileira. "É o único que se repete, porque abrange muita coisa", explica.

Cada disco traz 13 faixas, todas inéditas e de composição própria. Nada aqui é requentado: "não são composições antigas ou sobras de gravações. É material novo, feito para esse projeto e criado entre março de 2008 e janeiro de 2009. São 132 canções atuais", contabiliza.


Tupi e rock and roll
Luiz Caldas conta que começou a cantar aos sete anos de idade. "Cantava Jackson 5 e as grandes vozes da Motown [Records], de jazz às músicas de baile e bandas como Pantera, Kreator e Beatles. Por isso passeio pela música mundial com a mesma desenvoltura. Minha cabeça muda quando toco, sou um ator".

De todo o trabalho, Caldas destaca dois discos. "Nhengara reké taba", o de música indígena, foi gravado todo na língua tupi e traz sons e elementos da natureza. O outro, "Castelo de Gelo", mostra a veia rock and roll do cantor. "É música visceral em matéria de riffs de guitarra. Incorporei um personagem e puxei a voz de Louis Armstrong para cantar", revela.

O projeto tem participações de Seu Jorge, Sandra de Sá, Zeca Baleiro, Milton Guedes, André Abujamra, Armandinho e André Macedo, Peu Meurray e Raimundo Sodré. "Fiz tudo pensando no Grammy. Quero que esse trabalho chegue às mãos de Bono [do U2], de Quincy Jones [produtor norte-americano] e de Barack Obama, para mostrar a ele que sou o criador da nova música negra da Bahia, que é o axé".

A caixa com os dez CDs será lançada logo após o Carnaval. "Ainda não estabelecemos uma quantidade exata, mas será uma tiragem limitada. O CD tem o mesmo destino do vinil, logo vai desaparecer", prevê Caldas. Para não perder o trabalho, todas as faixas serão vendidas em formato MP3 no site do cantor. "Vou oferecer um supermercado musical, com prateleiras de todos os estilos".

Mesmo investindo em sua nova fase, Luiz Caldas não deixa seu título de "pai do axé" ser esquecido em pleno Carnaval. "Criei uma coisa fora de série, o axé é muito legal e nunca vai morrer". E por que partir para gêneros tão distintos? "Porque não nasci para fazer uma coisa só. Tentaram me rotular e se deram mal. Nunca houve espaço para falar, mas agora tem. Estou amadurecido e meu poder está fortalecido".

Luis Caldas disponibilizou em seu MySpace algumas de suas novas músicas, como amostra de seu novo projeto.

(MARIANA TRAMONTINA)

2 comentários:

KathY CatherYne disse...

"Fiz tudo pensando no Grammy. Quero que esse trabalho chegue às mãos de Bono [do U2], de Quincy Jones [produtor norte-americano] e de Barack Obama, para mostrar a ele que sou o criador da nova música negra da Bahia, que é o axé".


Puta cara pretencioso.,., Nada contra, só que.,., Sei lá :P

Sou bem eclética (não, não gosto de samba, nem de axé, nem de forró, nem de setanejo.,.,), gosto de nomes como Ana Carolina, Seu Jorge, Lenine.,., Algumas do Caetano, Gilberto Gil.,., E de coisa brasileira, é só. Batucada pra mim só o Nação Zumbi ~ até mesmo pq eles são os únicos que sabem como usar a batucada.

Merda, acho que estou morando no país errado.,.,

Voltando ao Caldas, acho muita pretensão querer ganhar um Grammy, chegar aos ouvidos de Bono, Quincy Jones e Barack Obama (Obama?? O que ele tem a ver com tudo isso????). Se ele conseguir, parabéns, até mesmo pq tenho certeza q não foi nada fácil produzir esses 10 cds. E, mesmo que ele não ganhe o Grammy, não chegue aos ouvidos de Bono, nem de Quincy e nem de Obama, parabéns do mesmo jeito, pq se ele é eclético (beeeeem mais eclético do q eu.,.) e consegue permear por outros estilos, é sinal de que ele é bem mente aberta e não quer continuar com a mesma fórmula de antes, a que o consagrou (?) e trouxe.,., Fama (?) e dinheiro (?) ~ ao contrário de muitos artistas, que gostam de insistir na mesma coisa pq é o q rende fama e dinheiro. Por exemplo, Pablo Picasso, que por várias vezes fez reviravoltas no seu estilo de pintar, ele despontou no mundo das artes com uma obra (da qual eu não me lembro o nome agora.,.), estava fazendo sucesso, já estava rico, já era reconhecido, mas mudou totalmente seu estilo, para não ficar na mesmice. E mesmo assim continuou ganhando grana.,.,.

Só pelo fato de Caldas estar fazendo essa grande mudança em sua carreira, já merece o respeito. Pq n é qlqr um q se arrisca dessa maneira.,., Bom, só não garanto que eu vá comprar os 10 cds dele, hahaha!

KthY?

Guilherme Bandeira disse...

kkkk...essa foi foda, daqui a pouco o GUns vai gravar com Amado Batista...rs...e eu pensando que já tinha visto de tudo.

www.olhaquemaneiro.com.br